Patinadora olímpica dá exemplo de fé

Patinadora olímpica dá exemplo de fé

Yuna Kim prata na patinação artística nos Jogos de Sochi

A vitória da patinadora russa Adelina Sotnikova sobre a sul-coreana Yuna Kim, nos Jogos Olímpicos de Inverno de 2014, em  Sochi  foi contestado aos olhos de todos, mas foi ao mesmo tempo um exemplo do comportamento de uma cristã. Católica, atleta olímpica e estrela internacional da patinação artística, a sul-coreana Kim Yuna é um modelo não só de dedicação e de entrega ao esporte, mas também de prática pública da fé, dizem seus admiradores.

O seminarista e blogueiro Evan Pham, da arquidiocese norte-americana de Detroit, contou à CNA em 11 de fevereiro que ficou impactado com um gesto simples de oração que Kim fez publicamente nos Jogos Olímpicos de 2010, em Vancouver. Ele e sua família se sentiram inspirados ao verem “um clipe dela fazendo o sinal da cruz e inclinando a cabeça logo antes de disputar a final feminina de patinação no gelo”. Ela venceu.

“Essa jovem estava lá, no gelo olímpico, e todas as câmeras estavam constantemente focadas nela”, observa Pham. “Ela não teve vergonha. Ela só queria rezar: não se importou se tinha tanta gente olhando. É inspirador!”.

Kim é uma das celebridades mais famosas da Coreia do Sul, seu país natal, especialmente depois da conquista da medalha nos Jogos Olímpicos de 2010 com pontuação recorde. Indiscutivelmente uma das melhores na história da patinação artística moderna, Kim acumula dezenas de recordes mundiais nas modalidades femininas de patinação curta e livre: até agora, ela quebrou 11 vezes o recorde mundial.

Além de usar a fama em documentários e campanhas publicitárias para cosméticos, roupas e eletrônicos, Kim a usa também para compartilhar a fé católica.

Ela se converteu junto com a mãe em 2008, depois que as duas entraram em contato com freiras locais e com organizações católicas por influência do seu médico pessoal, também católico. Ele a tratava de lesões no joelho.

Em seu batismo, Kim adotou o nome de “Stella”, em homenagem a Maria, Estrela do Mar, e disse a um jornal diocesano que, durante o rito batismal, “sentiu uma enorme paz no coração” e prometeu a Deus que continuaria a “orar sempre”, especialmente antes das competições.

Desde então, Kim passou a mostrar a sua fé para o mundo durante as apresentações e competições que disputava. Em 2010, ela fez parte de uma campanha nacional com os bispos coreanos para explicar o terço e o significado do anel de rosário que ela própria usa. Na época, seus admiradores o confundiam com um anel de noivado.

Kim tem tido papel ativo também na divulgação de obras de caridade, voluntariado e angariação de fundos para hospitais, universidades e outras organizações católicas de caridade, trabalhando em conjunto com os bispos da Coreia. Ela é porta-voz de instituições de caridade católicas de Seul.

Em 2012, ela mesma doou centenas de milhares de dólares para os salesianos de Dom Bosco, a fim de ajudar os irmãos missionários no Sudão do Sul a implantar escolas católicas naquele país devastado pela guerra. Kim se encontrou pessoalmente com os irmãos salesianos em Seul para entregar o donativo. À imprensa coreana, Kim revelou que, ao visitar a África em 2011, sentiu “a necessidade de ajudar as crianças de lá e oferecer qualquer apoio que pudesse” ao povo africano.

Este testemunho público, conta Pham, o inspirou a ser mais aberto no compartilhamento das próprias crenças.

Ele explica que, ao ir crescendo, sentia um certo desconforto ao praticar a fé em público. “Eu não queria que os outros me achassem estranho”, comenta, acrescentando que, em alguns aspectos, expressar a fé publicamente é como “pintar um alvo na testa” e atrair comentários negativos, piadas e até perseguições.

Quando viu Kim orando no gelo, no entanto, seu medo foi desafiado: “É uma coisa normal para ela. E que maneira incrível de dar testemunho! Se ela faz isso, por que eu não poderia fazer também?”.

Yuna Kim ensinou a Pham que “nós temos a oportunidade de manifestar a nossa fé católica em público. O que eu iria escolher? Ter medo ou não ter medo? Não ter medo é muito mais bonito!”.

Pham conta que Kim está presente muitas vezes em suas orações e o inspirou a “rezar também por outras figuras públicas que têm muito potencial para fazer o bem. Eu espero que ela continue usando a sua influência como evangelizadora”.

Nos Jogos de Inverno 2014, Yuna Kim foi medalha de prata na patinação feminina estilo livre.

Fonte: Aleteia [Cortesia de Catholic News Agency]

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