Assessores refletem sobre Campanha da Fraternidade e o pós-Jornada

Assessores refletem sobre Campanha da Fraternidade e o pós-Jornada

Assessores durante Apresentação

Veja como foi o primeiro dia do encontro

Assessores discute oportunidades e desafios

Apresentação em PDF de Dom Eduardo Pinheiro

Apresentação sobre “Contexto Juvenil”

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Ao completar 50 anos de sua criação, a Campanha da Fraternidade (CF) em 2013 também vai marcar a atividade evangelizadora no país em pleno ano de Jornada Mundial da Juventude. Com o tema “Fraternidade e Juventude”, a CF retomará a temática do ano de 1992 e apresentará como o jovem de hoje vive esta época de mudanças.

Esse foi o tema da tarde do segundo dia do Encontro Nacional de Assessores da Pastoral Juvenil. Conforme apontou o presidente da Comissão para Juventude da CNBB, dom Eduardo Pinheiro, depois de 21 anos, a realidade juvenil passa por importantes transformações que não representa apenas estaépoca de mudanças mas uma “mudança de época”.

Em sua fala, dom Eduardo apresentou os pontos principais do texto base da CF e destacou o “fenômeno juvenil”, em que descreveu as características do jovem da atualidade, sujeito à cultura midiática, à violência, às drogas, à desigualdade de renda, entre outros fatores, que se conjugam às mudanças de mentalidade e valores em que estão presentes conceitos como o relativismo, individualismo e consumismo.

“Nós consumimos tanto, que consumimos uns aos outros”, lamentou Dom Eduardo, ao destacar o consumo veloz de informações, produtos e prazeres

Pós-Jornada

Depois, foi apresentado um questionamento de como trabalhar a evangelização da juventude após a Jornada Mundial da Juventude que acontcerá no Rio de Janeiro em julho de 2013. Padre Antônio Ramos do Prado, conhecido como Padre Toninho, assessor nacional da Comissão para a Juventude, apresentou as realidades juvenis com a globalização, a sociedade em rede, os medos e os sonhos da juventude atual para fomentar a discussão sobre os resultados do questionário de preparação para a evangelização da juventude após a Jornada, o chamado pós-JMJ.

Os 17 regionais da CNBB foram questionados a partir das oito linhas de ação propostas no Documento 85, de Evangelização da Juventude. Quais foram os avanços na evangelização da juventude desde 2007, quais os limites vistos e quais as sugestões para o pós-Jornada? Apenas cinco dos 17 regionais da CNBB tinham respondido ao questionário na hora de compilar os dados. Segundo padre Toninho, atualmente faltam três regionais para enviar o material. “Tem de avaliar ainda quantas dioceses foram perguntadas dentro do regional”, explicou.

O secretário dos referenciais da JMJ nos regionais da CNBB, padre Marcelo Gualberto, apresentou os resultados da pesquisa. Entre os avanços está a criação do Setor Juventude nas dioceses para melhorar a organização e articulação dos trabalhos de evangelização com crescimento do sentir-se Igreja. Além disso, foi ressaltado o maior uso da Bíblia, um avanço na comunicação e no uso de documentos da CNBB. “Parece-nos que não é um livro de prateleira, mas está sendo colocado em prática”, disse.

Desafios e sugestões

Entre os desafios apresentados está a formação – seja dos jovens, seja dos assessores. Em algumas dioceses não é refletido bem o papel do assessor, escolhendo entre padres jovens aquele deve cuidar da juventude. Foi questionado também como a opção preferencial pelos jovens é refletida em investimento humano e financeiro? Outra questão a ser trabalhada é como acompanhar os grupos jovens paroquiais sem uma identidade definida (aqueles que não são ligados formalmente a nenhuma expressão).

Como sugestões para a pós-JMJ, foram apontadas: a missão permanente; a existência de subsídios alinhados com as propostas de evangelização da Igreja no Brasil que tenha não só doutrina, mas metodologia e pedagogia.

O questionário ainda será encaminhado para a Associação Nacional das Escolas Católcas (Anec), para a Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) e para os institutos da juventude para ampliar o processo de escuta.

“Esse período da JMJ tem animado e articulado a juventude. E o setor juventude tem ganhado sua cara. Parece que começa a identificar e ter uma cara na diocese e isso é muito bonito na Igreja no Brasil”, disse a assessora do regional sul 3 (RS), irmã Zenilde Silva. Segundo ela, esse trabalho não pode ser perdido após a Jornada. O evento precisa ser pensado como um espaço de articulação para assumir seu espaço na Igreja.

Durante os questionamentos, foi lembrada a importância de articular mais a formação com os 15 centros e institutos de juventude existentes no país. Além disso, deve-se ter a preocupação de não uniformizar as expressões no setor juventude como uma coisa só.

Por Tiago Miranda

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